Quando é que começa o verdadeiro sucesso?

Lembro-me perfeitamente do dia em que atingi uma meta pela qual lutei anos.

Era algo que queria muito. Planeei, dediquei-me, sacrifiquei fins de semana, pus tudo de mim naquela direção. Quando finalmente chegou o momento, achei que ia sentir uma onda de realização. Mas, surpreendentemente… não senti nada.

Claro, havia orgulho. Mas também havia um vazio que não fazia sentido.
E foi aí que comecei a perguntar-me: Será que isto que eu chamo de sucesso... é mesmo o meu sucesso?

Crescemos com uma ideia de sucesso colada à validação externa. É o cargo, é o rendimento, é o reconhecimento. São os marcos que os outros vão aplaudir.

Mas o verdadeiro sucesso não é sobre isso.
É sobre coerência.

Coerência entre o que fazes e o que acreditas. Entre a tua vida por dentro e a vida que mostras por fora. Sucesso, para mim, é conseguir deitar a cabeça na almofada e sentir que estás no caminho certo, mesmo que ninguém aplauda.

E essa versão de sucesso é muito mais exigente. Porque pede escuta interna. Pede coragem para dizer “não” ao que parece certo, mas não te preenche.
Pede presença.

Por isso, antes de definires objetivos, talvez a pergunta mais importante a fazer seja:
Que versão de mim é que eu quero alimentar com esta escolha?

Sucesso, para mim, não é chegar a um destino. É sentir-me inteiro ao longo do caminho.

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"Está tudo bem, mas falta qualquer coisa...". O desconforto da zona confortável